E um dia ela percebe que queria ter mais tempo. E que a vida, mesmo sofrida, dolorida, pode ser boa. Percebe que a despedida não é nada contente e que dar adeus é algo que nunca se aprende. Percebe também que muitos riscos ainda não correu e que a lua cheia é tão linda que gostaria de vê-la nascer mais vezes. Percebe que não sabe como contar aos amigos a verdade sobre si e que não contar é sofrer sozinha. E um dia ela percebe que não sabe se é menina ou mulher, que não sabe o que quer. Percebe que as palavras nem sempre dizem tudo e que silêncios também são vazios. Enfim, ela percebe que queria ter mais uma chance de recomeçar, mas que coragem... já não há.
Nenhum comentário:
Postar um comentário