sábado, 30 de agosto de 2014

Ele sabe


Ele não quer vê-la nos braços de outro alguém. Sabe que não suportaria saber que ela se apaixonou novamente. Ele sabe que pode ligar para ela a qualquer hora, pra falar sobre tudo e sobre o nada. Ele sabe que só ela sabe como agir quando ele está com dengoso ou irritado. Ele sabe que com ela pode conversar sobre as coisas mais importante e sobre as maiores bobagens, que ela sempre guardará seus segredos. Ele sabe que ela tem um jeito prático de organizar a vida dele, que faz falta. Ele sabe que ela não usa apenas palavras carinhosas e engraçadas, ela critica, elogia e incentiva. Ele sabe que ela reconhece de longe, o ciúme, o afeto e o sarcasmo que ele as vezes nega. Ele sabe como ela é, ela o sente. Ele sabe de tudo o que ela gosta e ela o conhece melhor do que ninguém. Ele sabe. Ele sabe que ela nunca teria coragem de ir embora. Ele só quer que ela fique por perto. Ele sabe que ela pode ter o homem que quiser, mas preferiu ser a mulher que ele deseja. Ele sabe que ela nunca vai disfarçar o que sente e que nunca irá abandoná-lo quando ele precisar. Ele sabe que ela sempre lhe estenderá a mão. Ele sabe que ela nunca quis mudar, nunca quis ser diferente, ela só quer ser a mesma mulher que o encantou. Ele sabe que ela não tem medo da morte, só tem medo da vida sem ele. Ele sabe que o que ela sente, fala, faz e escreve para ele, ela não fará para outro e nenhuma outra fará como ela. Ele sabe. Ele sabe tudo. E escolheu ensinar a outro alguém tudo que ela sempre soube. Tudo que ela sabe.

Eles eram

“Pra ela faltou sorte, pra ele faltou amor. Agora o que não falta para os dois é saudade.”— Soulstripper. 


Eles eram uma dupla incrível, um par perfeito, um casal inspirador. Eles eram.
Um dia decidiram seguir caminhos diferentes. 
Ela decidiu que a liberdade de escolha um dia a faria feliz.
Ele decidiu repartir seu coração para amar mais.
Por caminhos diferentes ele caminhavam e se esbarravam a cada passo.
Todos os caminhos os aproximavam. 
Cada decisão tomada os afastava.
Ele escolheu ter novos amores.
Ela escolheu não amar mais.
Ele tentava sorrir.
Ela tentava não chorar.
Ele precisava ouvir.
Ela precisava calar.
Ele quer fugir.
Ela quer chorar.
Por caminhos diferentes eles caminhavam e se perderam.
Perdidos se encontravam.
Eles eram uma dupla incrível, um par perfeito, um casal inspirador. Eles eram.
A única coisa que não mudava...
... é que eles se amavam.


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Evitar, fugir, afastar


“Esquece. Não vou atrás de ninguém. Não mais. Ontem eu quis desesperadamente a sua companhia lá naquele banco da praça, quis ficar ali com você a noite toda se pudesse. E quando fui embora pensei em te ligar, dizer pra voltar amanhã, vir me fazer sorrir. Mas não. Hoje eu acordei e pensei que seria melhor não, eu não quero me apegar em ninguém, não quero precisar de ninguém. Quero seguir livre, entende? Mesmo que isso me faça falta, alguém pra me prender um pouquinho. Vou me esquivar de todo sentimento bom que eu venha a sentir, não levar nada a sério mesmo. Ficar perto, abraçar de vez em quando, sentir saudade, gostar um pouquinho. Mas amar não, amar nunca, amar não serve pra mim. Prefiro assim.”
— Caio Fernando Abreu.

Somos metade


Nós somos um livro que não terminou de ser escrito.
Nós somos uma história que não sabe ter fim.
Nós somos um poema sem rima.
Somos metade, somos partida, somos saudade.
Somos tripulantes de um desses navios que afundou no meio do oceano e nossos corpos foram separados pelas ondas e levados para ilhas diferentes.
Somos aquele desenho inacabado.
Somos a fotografia que não foi revelada.
Somos metade.
E ser metade é sofrer em dobro.


segunda-feira, 25 de agosto de 2014


“Talvez a solução fosse te apagar completamente da minha vida. Sem deixar rastros ou qualquer tipo de lembrança. Estava bem, pensei que estivesse bem. Sua falta não estava mais me fazendo tanta falta assim. Sinceramente, pensei que essa dor no peito não iria mais voltar. Até que essa noite eu sonhei com você… É, um simples sonho. Um sonho que abriu uma caixa com um turbilhão de sentimentos que já estavam sendo esquecidos.”
— Distanciarei.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Eu não sou assim.


Eu não sou assim. 
Eu, hoje, estou assim.
Já fui diferente; outra cor de cabelo, outro penteado, outro estilo de vestir, outro gosto musical, outros hobbies.
Já pensei diferente, já senti diferente, já me senti diferente.
Mas, hoje estou assim. 
Já não choro tanto, nem me desespero como antes. Os medos são outros e a coragem também. 
Nunca fui muito calma ou paciente, mas já não fico tão nervosa.
Ainda não aprendi a odiar, mas não declaro todo o meu amor.
Quando você partiu, muitas coisas mudaram. Ao invés de reagir, decidi me proteger. Das pessoas, sentimentos, da vida, do mundo.
Hoje estou assim. Fugindo da sensação de entrega, da emoção, daquele olhar que paralisa (melhor desviar).
Eu não sou assim.
Eu, hoje, estou assim.
Amanhã, 
...
Deixo pra amanhã.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Já fez sua lista?


“Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via há dez anos atrás…
Quantos você ainda vê todo dia ?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha…
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre…
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece,
na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora…
Quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
era o melhor que havia em você?
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer ?
Quantas canções que você não cantava,
hoje assobia pra sobreviver …
Quantos segredos que você guardava,
hoje são bobos ninguém quer saber …
Quantas pessoas que você amava,
hoje acredita que amam você?”
— Oswaldo Montenegro. 

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Antiga princesa


“Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda-roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje já é outro dia.”
— Caio Fernando Abreu. 

A princesa chorou. Chorou porque perdeu o príncipe e a coroa. Chorou porque o conto de fadas havia acabado. Chorou porque finais não são felizes, são apenas finais. Chorou porque já não sabia mais quem era. Chorou porque o castelo desmoronou. Chorou porque não sabia mais o que tinha sido verdade e o que tinha sido apenas sua imaginação. Chorou porque acordou e se viu plebeia, menina, sozinha. Chorou porque o que pensava ser real, tinha sido um sonho. Chorou porque tinha muito para aprender e já não tinha mais tempo suficiente. Chorou para lavar a alma, aliviar a dor. Chorou para esvaziar. Chorou porque ainda quer sorrir e recomeçar.
— antigaprincesabailarina



Saudade


“Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.”
— Martha Medeiros. 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Mensagem de fé


Se não quiser adoecer, tome uma decisão.
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia.
A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões.
A história humana é feita de decisões.
Para decidir, é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros.
As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de doenças de pele.

Pe. Marcelo Rossi

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Saudade

Vou começar repetindo uma frase de um texto que escrevi no inicio desse ano:

"Toda opção é uma exclusão."

Segundo o dicionário, "Saudade" descreve a mistura dos sentimentos de perda, falta, distância e amor.
Sentimos saudade daqueles que muito amamos e já faleceram. Temos as lembranças, memórias, mas não poderemos mais ter o abraço, o olhar carinhoso, a presença. É uma saudade inevitável. 
Sentimos saudade daqueles que amamos e moram longe. Temos o contato virtual, a voz ao telefone, as palavras de carinho em cartas escritas a mão, sabemos tudo o que se passa, mas não temos o abraço. Mas nesse caso, economizar e fazer uma viagem, acalma a tal saudade. Além do telefone, existe também, o  ônibus, o trem, o avião, caminhão, carroça... Existem possibilidades.
Sentimos saudade dos bons momentos que vivemos. Temos fotografias, vídeos, objetos guardados, mas ainda não aprendemos a voltar no tempo. Mas, aos poucos, vamos aprendendo a aproveitar intensamente cada momento, já que sabemos que não dá pra voltar e reviver.
Mas como explicar a saudade de quem você escolheu ficar distante? 
Fazemos escolhas e exclusões todos os dias. O excluído sente saudade, foi rejeitado. Mas quem o rejeitou escolheu a distância. Nesse caso, como explicar a saudade? Se alguém souber e quiser me explicar, por favor, me escreva.
Eu sinto saudade daqueles que amo. E uso de todas as formas possíveis para amenizá-la. Mas não posso mudar  as escolhas feitas por quem me exclui. Destes só posso sentir, saudade.

Enfim, o que penso e escrevo é que se você sente saudade de alguém, se existe amor, diminua a distância, procure, corra atrás, aproveite o tempo, a vida. Mas aceite suas escolhas. E lembre-se de que você é livre para mudar de idéia, para fazer novas escolhas. São sempre duas opções, escolha aquela da qual não sentirá saudade, ou que a saudade seja menor. A escolha é sua. 

- fui rejeitada e sinto saudade

Á quem amou demais, á quem chorou demais




"Se Deus te desse só o amanhã
Pra sentir o que nunca sentiu, sentiria?
Se de fato fosse mesmo o último adeus
Onde há de estar o seu amor?
E assim, viva como quem soube que vai morrer
Morra como quem um dia soube viver"

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Eu, tu, nós


Não é tão fácil.
Não é tão simples.
Existem dúvidas e certezas.
Algumas escondidas.
Outras compartilhadas.
Existem vontades e desejos.
Algumas possíveis.
Outras inexplicáveis.
Temos o medo e a fuga.
Temos amor e amizade.
Mas não o tenho.
Não me tens.
E ainda assim
nos pertencemos.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Eu vivo e morro por ti


“Tu pertences ao pequeno número de mulheres que ainda sabem amar, sentir, e pensar. Como te não amaria eu? Além disso tens para mim um dote que realça os mais: sofreste. É minha ambição dizer à tua grande alma desanimada: levanta-te, crê e ama: aqui está uma alma que te compreende e te ama também. A responsabilidade de fazer-te feliz é decerto melindrosa; mas eu aceito-a com alegria, e estou certo que saberei desempenhar este agradável encargo. Olha, querida; também eu tenho pressentimento acerca da minha felicidade; mas que é isto senão o justo receio de quem não foi ainda completamente feliz? Obrigado pela flor que mandaste; dei-lhe dois beijos como se fosse a ti mesma, pois que apesar de seca e sem perfume, trouxe-me ela um pouco de tua alma. Sábado é o dia da minha ida; faltam poucos dias e está tão longe! Mas que fazer? A resignação é necessária para quem está à porta do paraíso; não afrontemos o destino que é tão bom conosco. (…) Depois… depois, querida, queimaremos o mundo, porque só é verdadeiramente senhor do mundo quem está acima das suas glórias fofas e das suas ambições estéreis. Estamos ambos neste caso; amamo-nos; e eu vivo e morro por ti.”
— Machado de Assis  

A poesia prevalece

“Sou fuga para flauta de pedra doce. A poesia me desbrava. Com águas me alinhavo.” — Manoel de Barros  

Meu amor pela poesia vai muito além de sentar e ficar horas lendo Fernando Pessoa ou Vinicius de Moraes. A poesia me encanta, me convida, me emociona. Ano passado, conheci um bando de poetas loucos. Músicos, escritores, bailarinas, desenhistas, fotógrafos,... loucos comedores de paçoca. E sarau após sarau, a vontade de ouvir, de ler, de recitar, poemas e poetas novos e antigos, conhecidos e desconhecidos, só aumenta. E se depender de nós: A POESIA PREVALECE.

Sarau Junto e misturado- 19/04/2014
Sarau da Independência- 06/09/2013

Sarau Saravá- 19/10/2013
Sarau na Praça- 01/02/2014

Amor inventado


Vejo sempre mais do que meus olhos mostram. Invento pessoas. Invento pessoas que eu gostariam que fossem reais. Invento pessoas nas pessoas reais. E acredito em minhas invenções. E me apaixono pelas pessoas que inventei. E acredito estar apaixonada por pessoas reais. E me decepciono porque não agem da maneira que esperava que agissem. Porque na verdade não existem. Minha pessoa inventada é sempre totalmente diferente da pessoa real. Tenho então, amores inventados e ilusões reais. Amo sem limitação a história de amor que invento e depois desabo em mil lamentos. Idealizo, confundo, vira tudo uma confusão. E o que bem poderia ser mentira, sou eu amando em dobro. Amando sozinha. Amando o amor que inventei. Agora sei. E sei bem.

Escrever, escrever, me reescrever


Não preciso que goste ou aprove o que escrevo. Escrevo para mim. É uma necessidade de colocar em palavras escritas o que sinto, o que penso , o que vejo. É um desejo de minha alma que gosto de saciar, sem medos ou receios. Escrever. Escrever. Escrevo. Não peço que concorde, se encante, nem que entenda. Até mesmo porque, escrevo muitas vezes sem nada dizer. Difícil compreender. Ainda assim, escrevo. Tento organizar as letras racionalmente, colocar as sílabas em ordem. Sem mistério. Simplesmente escrever. É possível encontrar insanidade e serenidade entre as frases soltas. Cada texto é um comprimido, uma tentativa de cura para minha loucura. E se não escrevo, sufoco. Me afogo em palavras não ditas, não escritas. E se preciso esconder o que sinto, não escrevo. Você me lê, você me sente.