sábado, 16 de maio de 2015

Eu pareço pedra, eu queria ser pedra...


...Mas nasci flor.



Em meio a tantas dores, lágrimas, saudades, sorrisos e um imenso e desmedido amor, estou me sentindo mais que metade. Aprendendo a me sentir inteira. Aprendendo. Processo lento. Difícil. Mas estou tentando. Persistir. Insistir. Talvez o tempo não esteja a meu favor. Talvez ele acabe antes que eu entenda a razão e o porque de tudo. Talvez. Mas o hoje existe, e eu aqui estou. Caindo, levantando, me arrastando, mas estou. Vivendo no singular e rejeitando instintivamente toda forma de plural. Não. Não digo que me basto. Nem quero ser ou me sentir assim. Me tornei indiferente a muitas coisas, isso não nego. Demonstrar minha sensibilidade já me deixou muitas cicatrizes e a maioria delas ainda doem, muito. Isenção de afetos? Impossível. Continuo sendo amor da cabeça a ponta dos pés. Minha depressão incontrolável agora tem minutos de suavidade. Continuo menina, continuo mulher. As duas andam de mãos dadas em suas ansiedades e exageros. Continuo deixando pétalas de flores no caminho. Continuo encontrando flores onde a maioria só vê arame farpado. continuo amando. Porque nasci beija-flor.

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