quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Amor inventado


Vejo sempre mais do que meus olhos mostram. Invento pessoas. Invento pessoas que eu gostariam que fossem reais. Invento pessoas nas pessoas reais. E acredito em minhas invenções. E me apaixono pelas pessoas que inventei. E acredito estar apaixonada por pessoas reais. E me decepciono porque não agem da maneira que esperava que agissem. Porque na verdade não existem. Minha pessoa inventada é sempre totalmente diferente da pessoa real. Tenho então, amores inventados e ilusões reais. Amo sem limitação a história de amor que invento e depois desabo em mil lamentos. Idealizo, confundo, vira tudo uma confusão. E o que bem poderia ser mentira, sou eu amando em dobro. Amando sozinha. Amando o amor que inventei. Agora sei. E sei bem.

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