segunda-feira, 24 de março de 2014

Tempestade interna


Em mim, sobram inconstâncias e vazios. O nó na garganta sufoca. Sufoca minhas palavras, minha lucidez. Você não está aqui. Depois da chuva, veio um vento forte, úmido, mas você não veio. O vento trouxe teu cheiro e fez meu corpo sentir o arrepio da tua presença. Esse caos que a tua ausência traz me perturba. Ainda te sinto em cada canto da casa vazia. Vazia de amor e tão cheia de recordações. Fria, louca e sentindo um amor imenso, assim estou, sou. 
Dentro de mim, hoje é noite de grande tempestade e estou perdidamente sozinha. Vejo a chuva matar a sede da terra, e nada encontro pra matar a saudade que sinto de nós. Então, choro na esperança de afogar a saudade, mas ela já conhece bem minhas lágrimas. É inútil. Eu me afogo. Amor. Você. Eu. Nós. Sempre. As palavras pesam e caem sobre o papel. Insanamente sobrevivo a mais uma noite.


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