E compulsivamente chorei. Chorei. Desesperadamente tremia. Lágrimas se misturavam com a água morna que caia do chuveiro. E eu, ali, no chão. Sem forças para levantar ou para gritar. Apenas chorava. Os olhos doíam, o corpo molhado tremia. Não. Não era frio. Era ausência, saudade, era a falta do teu abraço. Era a falta de esperança. Era excesso de amor. Sentia que chorava por dentro e por fora. Angústia. Medo. Vontade de fugir de mim. De escapar da sensação de estar perdida. Impossível ser forte o tempo inteiro. Eu precisava lavar a alma e deixar a água levar as minhas aflições. Não adiantou. Só sei que chorei. Em silêncio. E mais uma vez, transbordei.
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