quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Olha por onde anda, garota!

"Viver é que nem andar de bicicleta, se parar..cai."
- Lisbela e o Prisioneiro


Caí no quintal. Mãos e tornozelo. Não vi o armário. Braço. Fogão. Dedos. Melhor esse dia acabar logo ou amanhecerei um hematoma ambulante. Se bem que o que se vê por fora não é nada perto das feridas que estão por dentro. Queria que essas dores me fizessem esquecer as interiores. Troco amor por dor física. Poderia ser assim. Um analgésico, um anti-inflamatório, um pouco de descanso e pronto. Poderia sim. Não tá sendo nada fácil viver. Não tá sendo fácil olhar no espelho e dizer todos os dias a mim mesma que me enganei todo esse tempo. Mas é um mal necessário. Não posso mais ficar olhando o lado errado do quebra-cabeça. Esse coração bonitinho fica por baixo, é só parte da embalagem. A parte de cima é um emaranhado de mentiras, ilusões e falsas promessas. Então, só preciso respirar fundo, abrir os olhos, e reaprender a caminhar sem cair. E enfim, entender que estou sozinha. Ninguém irá estender a mão e me ajudar a levantar.

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